A ILHA
Ficha Técnica
Título Original: The Island
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Elenco
Ewan McGregor (Lincoln Six Echo / Tom Lincoln) Data que foi assistido: 23.11.2005
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Sinopse : No futuro existe uma entidade utópica baseada na vida do século XX!, que procura recriá-la nos mínimos detalhes. Lincoln Six Echo (Ewan McGregor) vive nesta realidade e, como todos seus residentes, sonha em chegar em um local chamado “a ilha”, o único ponto não contaminado do planeta. Após descobrir que todos os habitantes são clones, que possuem a única finalidade de fornecer partes de seu corpo para seres humanos reais, Lincoln decide escapar juntamente com Jordan Two Delta (Scarlett Johansson).
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A temática deste filme realmente é muito interessante. Existem questões éticas e filosóficas que estão presentes nesta produção dirigida por Michael Bay. Todavia, este diretor é especialista em filmes de ação (Armageddon e Pearl Harbor) e deixou as questões éticas e filosóficas de lado, infelizmente. Preocupou-se mais em fazer um filme repleto de perseguições, tiroteios, explosões e escapadas incríveis, quando não exageradamente inverossímeis, dos heróis Lincoln Six Echo e Jordan Two Delta.
Aliás, tive a nítida impressão que assisti dois filmes distintos: No primeiro momento, enquanto Lincoln ainda não tinha “consciência” que estava sendo ludibriado, um filme com belíssimos cenários futuristas lembrando “Admirável Mundo Novo” da obra do escritor Aldous Huxley ou ainda aquele ambiente claustrofóbico e extremamente vigiado do grande irmão descrita no livro “1984” de George Orwell. Cenários perfeitamente limpos, todos igualmente vestidos de branco em ambientes confortáveis e repletos de tecnologia de última geração. Tanto para vigiar os “habitantes” daquele ambiente, como para dar-lhes segurança e conforto. Um verdadeiro e feliz oásis após a catástrofe nuclear que destruiu grande parte da população mundial (isto é o que eles acreditam piamente). Vivendo neste jardim do éden tecnológico, nossos heróis não sabem (ainda) a verdadeira razão de suas existências. Só possuem um grande desejo: Viverem felizes na Ilha, único lugar seguro sem radiação e em contato com a natureza.
Lincoln Six Echo tem pesadelos e percebe que alguma coisa não está perfeitamente esclarecida neste ambiente feliz. Tem dúvidas sobre sua
existência e seu passado. Não entende muito bem porque o inseto que encontrou não foi afetado pela radiação fora das paredes da sua redoma tecnológica. Assim, resolve descobrir este grande mistério e, escapando de seu quarto vai por labirintos e corredores até encontrar ambientes que desconhecia nesta cidade futurista. Depara-se com a dura realidade. Descobre que a tal viagem para a Ilha é, na realidade, uma armadilha fatal, uma vez que todos os habitantes deste complexo são apenas clones de gente muito rica que pretendem usar partes de seus corpos para transplantes. Assim, a tal viagem à ilha é a simples “colheita” de seus órgãos.
Desesperado com esta realidade, Lincoln foge do complexo levando consigo Jordan, sua melhor amiga uma vez que ela estava com viajam marcado para “viver” na tal Ilha. Começa aqui o outro filme, onde o diretor Michael Bay mostra ao que realmente veio.
Na fuga, o casal vai a procura de McCord (Steve Buscemi) seu amigo que trabalha no complexo e pede-lhe ajuda para descobrir os responsáveis por tal monstruosidade e divulgar ao mundo a verdade por trás da indústria dos clones e dos transplantes. Deseja ainda saber quem é o seu “patrocinador” e contar-lhe toda a verdade.
O líder da equipe de segurança contratado por Merrick é Albert Laurent que faz grandes estragos por onde passa na tentativa de capturar, ou matar o casal de fugitivos. Em fugas mirabolantes os heróis chegam à casa do “patrocinador” de Lincoln. O que deveria ser um momento para discutir a ética e a moral da existência humana é simplesmente ignorada e parte-se mais uma vez para a ação simplesmente.
Para evitar que outros clones se rebelem contra a indústria de transplantes vários habitantes da mesma série de Lincoln (sim eles são considerados apenas como peça de reposição, ou não humanos) são sorteados para irem para a Ilha e assim serem eliminados e evitarem novos aborrecimentos e prejuízos à indústria.
Para salvar seus amigos da morte, Lincoln volta à redoma onde fora criado para destruir o projeto e o complexo como um todo e libertar seus habitantes do extermínio eminente.
Talvez o personagem de Albert Laurent tenha realmente aprendido alguma coisa durante sua tentativa de capturar os heróis fugitivos: É preciso dar uma chance à vida humana para que ela possa desenvolver toda sua capacidade criativa e viver livre e feliz. Assim como ele fora “marcado” como escravo em seu país e igualmente era considerado “não humano” percebe que aqui, neste exato momento, também está considerando seus semelhantes como mero objeto financeiro ou como peças de uma máquina maquiavélica de faturar milhares de dólares sem levar em conta os aspectos morais, éticos e religiosos que um ser humano possui. Assim, ele também se rebela contra este sistema cruel e desumano e ajuda Lincoln e Jordan na sua busca por liberdade e felicidade.
Um filme que poderia ter explorado melhor esta temática tão fascinante que é a ética e os valores essenciais da natureza humana. Mas preferiu fazer somente um filme de fugas alucinadas por uma cidade futurista. Gastaram-se milhões de dólares nesta produção e deixou-se passar a oportunidade de levantar várias questões filosóficas. Temos o direito de brincar de Deus e usar este poder divino da criação somente para criar “partes” de um ser humano, desprezando sua alma e sua vida? Até que ponto é ético e moralmente aceito usar esta tecnologia biológica para interferir na vida de uma pessoa e usá-la de acordo com conveniências financeiras? São questões que o filme, infelizmente, não responde ou não se aprofunda como deveria ao tratar de temas tão polêmicos e atuais.
Valeu mais pela diversão e pelas cenas de ação muito bem coreografadas, como, aliás, é típico de Michael Bay.
TÚMULO COM VISTA
Ficha Técnica
Título Original: Plots with a View
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Elenco
Brenda Blethyn (Betty Rhys-Jones) Data que foi assistido: 24.11.2005
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Sinopse : Boris Plots (Alfred Molina) é o dono de uma empresa que organiza funerais que vive na pequena cidade de Welsh, na Inglaterra. Boris é completamente apaixonado por Betty Rhys-Jones (Brenda Blethyn) desde quando era adolescente, e agora sabe que seu amor é correspondido. Porém há um problema: Betty é casada, com Hugh (Robert Pugh), e não quer quebrar os votos que fez no matrimônio de acompanhar o marido até que a morte os separe. Para driblar a situação, Boris oferece uma saída incomum: realizar um funeral de Betty, enganando a todos na cidade e possibilidade que ela fuja com ele. O plano segue em frente, mas eles não contavam com a interferência de Frank Featherbed (Christopher Walken), um empresário americano que também trabalha no ramo de funerais, mas que acredita que eles devem ser mais alegres e descontraídos. |
Este filme é uma comédia de humor negro sobre o amor. A trilha sonora é um achado e a lembrança dos velhos musicais de Hollywood dá um toque muito especial a esta produção dirigida por Nick Hurran Mas você só vai apreciar tudo isto se você tiver mais de 35 anos.
Imagine você ter que simular o enterro da pessoa amada para depois viverem felizes para todo o sempre. Pois foi esta brilhante idéia que teve Boris Plots (Alfred Mollina), um agente funerário que tem duas paixões na vida: filmes musicais, especialmente os de Fredie Aister e Ginger Rogers (seu sonho era ser dançarino de salão) e a bela e sorridente Betty Rhys-Jones (Brenda Blethyn), seu amor de infância. Como sempre foi tímido, acabou perdendo sua parceira de dança e a mulher de sua vida. Ela acaba finalmente casando com Hugh (Robert Pugh), atual vereador da cidade. Verdadeiro “galinha” que tem como amante sua gostosa e fogosa assistente srta. Meredith (Naomi Watts). Quando a sogra de Betty vem a falecer, Boris é encarregado de fazer o funeral da enfadonha mulher, e reencontra sua amada. Descobre, feliz da vida, que seu amor é correspondido.
Durante os preparativos do funeral Boris arquiteta um plano maluco para conseguir fugir com sua amada: simular um acidente fatal e o funeral de Betty. Depois de uma espera de 30 anos, não quer perder novamente a mulher de seus sonhos. Aqui começa a parte hilária do filme. Isto porque existe outro agente funerário na cidade disputando o “cadáver”, o excêntrico Frank Featherbed (Christopher Walken). Agente funerário nada convencional que realiza produções teatrais e burlescas para incrementar os negócios.
No decorrer das homenagens à “falecida”, o viúvo faz revelações sobre suas escapadas e diz, na maior cara-de-pau, que está mesmo é de olho na herança (enquanto esfrega os olhos com um lenço com cebolas para chorar). Também aparece a amante fazendo confidências surpreendentes, à beira do caixão, sobre as atuações sexuais do viúvo. Indignada com tamanha desfaçatez Berry resolve, antes de sumir da cidade, dar uma lição nos amantes. Situações hilárias são criadas para fazer com que o fantasma da falecida apareça para ambos.
Se a idéia é assistir um filme para divertir-se, este é uma boa opção. Simples e comovente com uma boa trilha sonora e uma coreografia em homenagem aos velhos musicais da Metro. Nostálgico eu diria. Atuações brilhantes de Brenda Blethyn e Alfred Mollina. Sem contar a participação, sempre competente, de Christopher Walken.
GOLPE BAIXO
Ficha Técnica
Título Original: The Longest Yard
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Elenco
Adam Sandler (Paul Crewe) Data que foi assistido: 25.11.2005
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Sinopse : Paul Crewe (Adam Sandler) é um ex-astro do futebol americano que, após ser pego dirigindo bêbado, vai para a penitenciária Allenville, uma das prisões mais duras do país. Ao chegar o diretor do presídio, Warden Hazen (James Cromwell), pede a Paul que monte um time de prisioneiros para que possa disputar uma partida de futebol americano com os guardas da prisão. Para atender o pedido Paul convoca Caretaker (Chris Rock), um negociante malandro que pode conseguir para ele os prisioneiros que quiser escalar. Juntos eles montam o Mean Machine, como é chamada a equipe formada pelos prisioneiros. |
Astro do futebol americano acaba sendo preso após dirigir em alta velocidade completamente embriagado. Não satisfeito, causa um completo “engavetamento” atrapalhando o trânsito, destruindo inúmeros carros da polícia e o carro mais que caríssimo da namorada. Na prisão é “escalado” pelo diretor da instituição para formar uma equipe para enfrentar o time dos guardas do presídio. Assim, procura entre os “atletas” disponíveis uns brutamontes dispostos da dar uma surra nos guardas com o consentimento de todos. Mas quem disse que será uma tarefa fácil dar umas porradas de graça na autoridade local? Entre coações, surras e chantagens os guardas, e o diretor do presídio, querem mesmo é ganhar a partida. Mas Paul Crawe não quer passar para a história como covarde, que entregou o resultado do jogo de bandeja ao adversário. Assim, apesar de ser chantajeado e da possível acusação de ter planejado o assassinato de seu colega, resolve lutar para ganhar o jogo honestamente.
Adam Sandler já se saiu melhor em outras produções. Apesar do filme contar com a presença do comediante Cris Rock e Burt Reynolds o resultado é frustrante. Tudo muito previsível e já gastado por produções do gênero. Caracterização dos personagens dos mais sofríveis e diálogos de bobos à completamente infantis.
É possível dar algumas gargalhadas, mas na maioria do tempo o filme é extremamente cansativo e previsível.
O PODER DAS TREVAS
Ficha Técnica
Diretor: Robert lieberman Produção Executiva: Lawrence Bender – Kevin Brown Produção: Matthew O’Connor e Michael O’Connor Edição: Allan Lee Roteiro: Gavin Scot
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Elenco
Isabella Rossellini (Thar) Sabastian Roché (Tygath) Shawn Ashgmore (Ged) Kristin Kreuk (Tenar) Danny Glover (Ogion)
Data que foi assistido: 28.11.2005
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Sinopse : Protegido pela Supra Sacerdotisa Thar (Isabbella Rossellini) nas catacumbas de Atuan, o Amuleto da Paz assegurou o equilíbrio entre humanos e dragões por séculos em Eartsea. Agora o futuro não parece tão promissor pois, em decorrência de um ataque do rei invasor Tygath (Sebastião Roché), o amuleto foi quebrado e uma das partes sumiu. A única chance de resgatar a paz se concretiza em um jovem ferreiro e aprendiz de mago chamado Ged (Shawn Ashmore). Dos labirintos dos Inominados até as câmaras escondidas de Earthesea, Ged, a Sacerdotisa Tênar (Kristin Kreuk) e Ogion (Danny Glover) vão enfrentar perigos fantásticos numa jornada mágica para restaurar a Paz e enfrentar o Rei Tygath. |
Esta produção lembra muito as aventuras de Frodo e sua Sociedade do Anel e Harry Potter e seus colegas de Hogwarts. Aliás, algumas cenas são um primor de plágio. Aqui não se procura destruir o Um Anel, mas encontrar a outra parte de um amuleto que fora quebrado. Ged também tem seu amigo que o acompanha pela escola de magos e um mestre para dar-lhe ensinamentos da arte da magia, encantamento e bruxarias como o professor Dumbledore só que aqui, ele se chama Ogion.
Vivia Ged como um simples ferreiro num povoado tranqüilo de pessoas pobres e trabalhadoras. Tinha visões e constantes pesadelos com uma garota que desconhecia, mas que estava em perigo. Tinha consciência que precisava fazer mais do que ser um simples ferreiro e quando previu o ataque de sua vila por um grupo de conquistadores conseguiu, através de sua magia eliminar tais inimigos. Mas também cai no precipício e é tido como morto. Assim, aparece no vilarejo Ogion que diz que sua alma ainda não o abandonou e o ressuscita para espanto de todos.
Parte então Ged para a escola de magos (não pense que é Hagwarts mas outra conceituada escola) para aprimorar sua técnica e aprender sobre o mundo da magia e da bruxaria. Entre muitos perigos, enfrenta dragões e almas de outro mundo. O Rei Tygath deseja a imortalidade bem como a conquista de terramar e fará tudo o que for possível para conseguir. Mas falta-lhe o outro pedaço do amuleto e os segredos para abrir a porta onde estão aprisionados os Inomináveis e assim possuir sua tão sonhada imortalidade. Interessante é que Ged também, como Harry Potter, possui seu lado mal e precisa enfrentar seus medos para vencê-lo. Assim como Frodo, também tem uma missão na vida: Salvar Terramar do mal eminente.
Alguns efeitos especiais bem legais e a participação sempre competente e de Isabella Rossellini que, como sempre, rouba a cena.
Mais uma história baseada na frutífera mitologia nórdica com seus mitos, lendas, bruxas, magias e seus inúmeros heróis. A eterna luta do bem contra o mal. E o destino que todos temos que enfrentar na eterna luta contra os medos de nossos vilões interiores. No final, depois de muita luta, possamos sair vitoriosos e pessoas melhores e mais sábias.
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