MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL
Ficha Técnica
Diretor: Bryan Michael Stoller Classificação: |
Elenco
Michael Jackson, Eric Roberts, Charlie Schlater, Evan Marriott Data que foi assistido: 23.01.2006
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Sinopse : O que “Náufrago”, “Miss Simpatia”, “O Parque dos Dinossauros”, “O Sexto Sentido” e “Harry Potter” têm em comum? Todos são alvos da hilariante sátira Missão Quase Impossível. Trabalhando a serviço do Vaticano, um grupo de arqueólogos encontra a mítica Arca de Noé flutuando na praia de uma ilha deserta. Porém, ao tentar informar o precioso achado, o chefe da equipe é pisoteado por um gigantesco dinossauro com cara de porco. É o terrível Jurássico Porco aterrorizando toda a equipe! Ao saber do acidente, o Papa João Paulo II infiltra um agente secreto, disfarçado de comissário de bordo, num vôo muito especial lotado de belíssimas garotas. Elas são as competidoras do concurso Miss Galáxia, que irá escolher a mais bela mulher do planeta. O avião acaba caindo exatamente na ilha deserta onde a Arca foi descoberta, e agora os amalucados pilotos Mike Saunders e Maximus Power terão de aprender a viver cercados de belas mulheres de biquíni, mas sem muita massa cinzenta. E como se tudo já não estivesse confuso o suficiente, surge em cena o agente MJ – ninguém menos que o próprio Michael Jackson em pessoa – a única pessoa capaz de resolver toda a situação… ou botar tudo a perder de uma vez! |
Tudo que poderia ser escrito já está na sinopse deste filme pra lá de ruim e sem a menor criatividade. Michael Jackson estava precisando de uma grana para pagar os advogados por isso resolveu entrar nesta roubada. O pior é que nem comi pipoca assistindo esta porcaria. Seria a única coisa aproveitável. Mas nem isso teve. Deveria ter dormido mais cedo esta noite.
FILHOS DO PARAISO (tv)
Ficha Técnica
Título Original: Bacheha-Ye aseman |
Elenco
Mohammad Amir Naji (Pai de Ali)
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Sinopse : Ali (Amir Farrokh Hashemian) é um menino de 9 anos proveniente de uma família humilde e que vive com seus pais e sua irmã, Zahra (Bahare Seddiqi). Um dia ele perde o único par de sapatos da irmã e, tentando evitar a bronca dos pais, passa a dividir seu próprio par de sapatos com ela, com ambos revezando-o. Enquanto isso, Ali treina para obter uma boa colocação em uma corrida que será realizada, pois precisa da quantia dada como prêmio para comprar um novo par de sapatos para a irmã. |
Simplesmente comovente. Uma lição de vida e de superação das dificuldades. Amir Farrokh Hashemian dá um show de interpretação na pele do garoto Ali. Uma contundente crítica social que separa pessoas em classes sociais muito distintas e estanques entre si. Uma realidade bastante crua da vida do povo pobre e sofrido do Irã pela lente acusadora do diretor Majid Majidi.
Ali é um menino de nove anos de uma família humilde que acaba de perder o par de sapatos da sua irmã enquanto voltava para casa vindo da sapataria local. Para evitar receber uma bronca do pai ou de colocá-lo na difícil situação de ter que comprar um novo par de sapatos, ele propõe a irmã dividirem o seu tênis para irem para a escola. A princípio, a menina aceita esta maluca armação apesar da correria que isto acarreta a ambos. Sem que a família perceba Zahara vai para a escola com o tênis do irmão enquanto ele fica aguardando, ansioso, seu retorno para sair em disparada para o colégio com o tênis no pé. Bem gasto por sinal.
Esta armação vai bem apesar da correria e dos constantes atrasos de Ali na escola.
Por conta desta correria toda e, na tentativa de encontrar uma forma de dar um novo par de sapatos à irmã, ele participa de uma maratona cujo prêmio, ao terceiro colocado, é justamente um par de tênis novinho! Assim, nosso herói coloca sua prática de correr pela cidade, a serviço de sua nobre causa. Mas ele não tem muita ambição. Só quer mesmo é chegar em terceiro lugar.
Por tanto esforço chega, infelizmente, em primeiro lugar e chora de desânimo ao perder a possibilidade de ganhar o tal tênis. É comovente vê-lo chorar apesar de ter vencido a difícil maratona. Mas Ali tem uma grandeza de espírito e de luta e sabe, que de alguma forma, fez o que lhe era possível fazer para ajudar a irmã e não ter que pedir ao pai que faça novas despesas por sua causa.
O diretor Majid Majidi consegue fazer uma crítica social contundente ao colocar uma divisão bastante clara entre ricos e pobres. Uma cena que retrata muito bem esta realidade é a forma como Ali e o pai se comunicam com os moradores dos bairros ricos: somente por interfone. Sem contato pessoal, olho no olho. Artificialismo usado pelos senhores nas suas muradas mansões para não tomarem conhecimento do que ocorre à sua volta e da realidade da pobreza que bate a sua porta. Sem contar é claro que ao retratar o bairro operário tudo é cinza e o esgoto corre a céu aberto enquanto que no bairro dos figurões o verde e os jardins dão um colorido às cenas.
Outra cena comovente é o “diálogo” entre as crianças através do que escrevem nos cadernos que vão passando de um para outro no maior silêncio para que o pai não descubra o que estão tramando. Simples, mas de rara genialidade criativa.
À FRANCESA
Ficha Técnica
Título Original: Le Divorce Classificação: |
Elenco
Kate Hudson (Isabel Walker)
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Sinopse. Isabel Walker (Kate Hudson) é uma jovem americana que parte para a França na intenção de visitar sua irmã, Roxeanne (Naomi Watts), que está grávida e foi recentemente abandonada pelo marido (Melvil Poupaud). Ao chegar Isabel se apaixona por Edgard (Thierry Lhermitte), um diplomata francês que é casado e também tio de Roxeanne. Juntamente com a irmã, Isabel passa então a conhecer os principais locais de Paris e frequentar seus principais acontecimentos sociais. |
Isabel Walker (Kate) viaja à Paris para visitar a irmã grávida. Ao chegar ao apartamento de Roxeanne (Naomi) percebe que o cunhado está de saída e sente um clima estranho no ar já que a irmã está nervosa e parece perdida nos diálogos. Depois descobre que ela foi abandonada pelo marido e que a situação não está nada boa. Resolve então ficar mais algum tempo em Paris para dar apoio moral à irmã grávida. Poetisa Roxeanne fica em desespero por tal situação e não consegue entender o motivo da separação e do pedido de divórcio do marido.
Mas ninguém fica impune na cidade luz e, ao freqüentar os locais badalados da cidade, Isabel acaba conhecendo Edgar, um diplomata boa pinta e mulherengo que envolve suas amantes com presentes caros e boa conversa em restaurantes caríssimos. Envolve-se também com um sujeito bom caráter que presta ajuda humanitária aos refugiados. Assim, entre um amante e outro, algumas visitas aos lugares turísticos da cidade Isabel vai levando sua vida.
Por levar uma vida de turista acaba descuidando da irmã carente e não percebe o quanto ela sofre e que precisa de ajuda. Em um momento de desespero Roxeane tenta o suicídio. Assim toda a família resolve vir dos Estados Unidos para ficar ao seu lado neste momento difícil. No processo de divórcio a difícil tarefa de avaliar os bens para poder dividi-lo. Um quadro, a muito esquecido no sótão, parece agora ser de extremo valor e é preciso saber com quem vai ficar tal preciosidade. Leiloá-lo parece ser a única opção.
Isabel, assim como a irmã, sente na pele como é difícil relacionar-se com pessoas de outro país, com culturas e visões bastante diferentes. Enfrenta também seu inferno astral quando é abandonada pelo galante embaixador.
Uma comédia romântica com ótimas interpretações de Kate Hudson e Naomi Watts. O diretor James Ivory sabe conduzir suas histórias de relacionamentos humanos de maneira eficiente e coloca as duas personagens principais em situações dramáticas e em outras divertidas. Com a sutiliza que lhe é peculiar trata de um tema polêmico, como o divórcio, de forma bem humorada respeitando a inteligência do espectador. Um olhar cínico e crítico das situações cotidianas de um relacionamento convencional da burguesia parisiense. Tudo com ótimos figurinos e uma eficiente direção de arte.
O ÚLTIMO TÚNEL
Ficha Técnica
Diretor: Eric Canuel Classificação: |
Elenco
Michel Côté, Jean Lapointe, Christopher Heyerdahl, Nicolas Canuel
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Sinopse : Baseado em fatos reais, este drama criminal apresenta Michel Talon (Michel Côté, de Além da Fé), que viveu boa parte de sua vida adulta atrás das grades. Dono de um espírito indomável, ele armou um golpe que o transformaria em celebridade internacional e que abalou a segurança dos bancos no mundo inteiro: ele roubou US$ 200 milhões do cofre de um dos bancos mais prestigiados do Canadá! Para esta missão, Talon chamou velhos colegas de contravenção. O resultado é empolgante. |
Pode-se dizer que Michel Talon não teve uma vida muito monótona, apesar de passar a maior parte da sua vida adulta atrás das grades. Usa sua inteligência para planejar e executar grandes roubos. Não teve muito sucesso nestas empreitadas, já que sempre foi pego.
Após sair da prisão, para cumprir sua pena em regime aberto, tenta mais uma vez aplicar o grande roubo da sua vida e pela qual ficou internacionalmente famoso. Roubou U$ 200 milhões do cofre de um dos bancos mais prestigiados do Canadá.
Boas interpretações do elenco principal e fortes emoções quando do andamento do assalto propriamente dito.
O JOGO DA MORTE
Ficha Técnica
Diretor: Laurence Malkin Classificação: |
Elenco
Laurence Fishburne, Ryan Phillippe |
Sinopse : O filme é centralizado num idealista holandês, Martijn, que viaja ao Marrocos para iniciar um fundo de caridade. Assim que chega ao país, ele é seqüestrado por um grupo terrorista chefiado por Ahmat. No seu cativeiro, Martijn é questionado sobre sua real identidade e seus reais interesses no país e o preço pela resposta errada é a perda de um dedo. No decorrer do filme duas perguntas pairam no ar. O que Ahmat realmente quer? Até que ponto Martijn revelará sua identidade verdadeira e se arriscará a perder mais do que seus dedos? |
Tem um diálogo neste filme que dá uma boa pista sobre que tipo de jogo Martjin se meteu. Lá pelas tantas o terrorista Ahmat (Laurence Fishburne) diz ao seu torturado:
– Sabe porque os ocidentais não gostam de jogar xadrez? E ele mesmo responde.
– Porque estão acostumados a blefar com o pôquer. Xadrez é um jogo de paciência e estratégia. É preciso pensar antes qual vai ser a jogada do adversário.
Por isto tudo já dá pra perceber que Martjin (Ryan Philippe) acabou mesmo, foi caindo na sua própria armadilha e que o jogo agora é pra valer. Não tem como blefar, e contar a verdade pode ser um erro fatal. Grande interpretação de Ryan Philippe.
Após ser seqüestrado no Marrocos por um grupo de terroristas Martjin acabe prisioneiro de um homem que deseja saber a real fonte de financiamento de seu projeto de caridade contra a fome. Como não consegue entender a razão de seu seqüestro Martjin acredita tratar-se de um grande engano já que é uma pessoa que deseja ajudar o povo africano e que para tanto está buscando financiamento para um projeto de erradicação da fome na África. Seu guia no país é brutalmente assassinato e o terrorista não estão dispostos a aceitar quaisquer desculpas às suas perguntas.
Como se recusa a dizer a verdade, começam a arrancar, um a um, os dedos das mãos de um Martjin apavorado. Nas perguntas feitas percebe que a verdade pode vir à tona e sua identidade real descoberta. Mas é preciso ganhar tempo para não cair em mãos erradas. Assim, outro dedo é arrancado. Sofrimento e dor e uma dúvida cruel: Dizer ou não dizer à verdade que se esconde por trás deste homem que prega a caridade entre os homens.
Ahmat parece um homem determinado a saber a verdade e também tem seus trunfos guardados na manga. Não pode dizer muito para não se comprometer, mas pretende arrancar, custe o que custar, a verdade de sua indefesa vítima. Assim um jogo mortal se estabelece entre os dois. E a partida de xadrez ilustra bem esta situação. É preciso avaliar a estratégia adversária e estar sempre um passo à frente.
Pouco a pouco a verdade vai tornando-se clara. Apesar de estarem jogando xadrez estão, acima de tudo, escondendo o jogo e o blefe corre solto. Quem estará dizendo a verdade e o que é possível revelar sem que a morte seja o prêmio principal? Quem dará o cheque mate? Só assistindo ao último lance deste jogo da morte.
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