VÔO NOTURNO
Ficha Técnica
Título Original: Red Eye
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Elenco
Rachel McAdams (Lisa Reisert) Data que foi assistido: 02.03.2006 Classificação:
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Sinopse : Lisa Reisert (Rachel McAdams) detesta voar, mas precisa realizar uma viagem ao Texas quando sua avó morre. Ela decide retornar a Miami, onde mora, no último vôo disponível, mas uma forte tempestade faz com que a decolagem atrase. Enquanto espera ela conhece Jackson Rippner (Cillian Murphy), um homem charmoso e gentil que lhe faz companhia. Ao entrar no avião ela fica surpresa com o fato de que Jackson está na poltrona bem ao lado da sua. Logo após a decolagem Jackson diz a Lisa que o motivo de estar naquele vôo é matar um poderoso político, que se hospedará juntamente com a família no hotel que ela trabalha em Miami. Jackson exige a ajuda de Lisa em seu plano, pois caso contrário um assassino contratado por ele irá matar o pai dela, o que depende apenas de uma ligação telefônica. |
Em tempos de segurança máxima nos aeroportos internacionais, principalmente nos Estados Unidos, parece que agora o cinema hoollydiano vai aproveitar para aterrorizar platéias, com suas histórias hilárias e perigosas, aeroportos e em aeronaves em pleno vôo. O avião é o inimigo da vez. Aproveitando este trauma recente, Wes Craven nos coloca, lado a lado, com um inimigo cruel e desumano. Mais um terrorista a infernizar e aterrorizar passageiros e famílias inocentes. As cenas no interior da aeronave são bem realizadas e a tensão é constante. Destaque para a atuação dos protagonistas: Rachel McAdams está muito bem como a vítima Lisa Reisert, gerente de um hotel cinco estrelas. Cillian Murphy com seus olhos azuis e cara de psicopata realiza, com competência, sua atuação no papel do terrorista Jackson Rippner.
Lisa Reisert é gerente de um hotel luxuoso que está retornando a sua casa em vôo noturno para Miami. Como o embarque é atrasado, ela conhece um charmoso sujeito que a convida a tomar um drink no bar do aeroporto. Ao embarcar no avião, fica surpresa ao ver Jackson Rippner na poltrona ao lado da sua. O diálogo logo se estabelece entre os dois. Mas esta aparente tranqüilidade irá acabar assim que o avião decolar. Nas alturas, Jackson diz à Lisa a razão de estar naquele avião e em particular na poltrona ao seu lado: Assassinar o Secretário de Defesa dos Estados Unidos. Para isso, precisa que a gerente do Hotel faça um telefonema e autorize a transferência de quarto do figurão federal e de sua família para outro aposento para assim facilitar o trabalho de seus companheiros. Caso Lisa não o ajude nesta tarefa, seu pai será executado. Em pânico diante desta perspectiva ela procura fazer todo o possível para evitar dar tal telefonema e ser a responsável, direta, pela morte de inocentes. Mas sabe, por outro lado, que seu pai corre perigo de vida.
Um jogo difícil se estabelece entre ambos. Um querendo a todo custo evitar a morte de pessoas inocentes e o outro na firme decisão de cumprir sua missão assassina. Quando o avião chega finalmente em Miami e após realizar o telefonema de transferência de quarto do Secretário de Defesa e de sua família, Lisa consegue fugir das garras de Jackson e foge em disparada para a casa do pai na tentativa de salvá-lo. Consegue avisar o hotel da tentativa de assassinato. Minutos preciosos correm e Lise precisa salvar a todos e a própria pele já que o cruel assassino está em sua perseguição.
As cenas fora do avião, no segundo momento, perdem um pouco de tensão visto que a “mocinha” parece estar mais segura de suas artimanhas de fugir das garras do psicopata. Mas nada que prejudique todo o desempenho desta produção. Um filme que cumpre sua missão no quesito suspense e tensão (dentro da aeronave, claro). Um roteiro simples, sem muitas delongas ou reviravoltas. Um final pra lá de previsível, mas, que vale a pena conferir.
PLANO DE VÔO
Ficha Técnica
Título Original: Flightplan
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Elenco
Jodie Foster (Kyle Pratt) Classificação:
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Sinopse : Kyle Pratt (Jodie Foster) é uma mulher devastada emocionalmente, devido à recente morte súbita de seu marido. Em meio a uma viagem de Berlim a Nova York, estando a mais de 40 mil pés de atitude e a bordo de um moderno avião, Kyle entra em pânico após perceber o desaparecimento de sua filha de 6 anos, Julia (Marlene Lawston). Desesperada, Kyle precisa provar à tripulação e aos passageiros sua sanidade, já que não há pista alguma sobre o paradeiro de Julia, e ao mesmo tempo convencer a si mesmo que não está enlouquecendo. |
Judie Foster é uma excelente atriz. Até mesmo em um filme rodado inteiramente dentro de um avião é possível sentir a força dramática desta mulher. Mais uma vez o inimigo a ser vencido é uma aeronave ou mais precisamente, dentro de uma. Parece que depois do atentado de 11 de setembro Hollywood resolveu exorcizar o pânico nacional que todos possuem em tratando-se de aeroportos, aviões e terroristas. Neste particular, não é um avião qualquer, mas a última palavra em tecnologia voadora. Por isso mesmo, mais perigoso. Judie Foster consegue transmitir toda a emoção, aflição e o suspense claustrofóbico numa situação limite de terror psicológico. Peter Sarsgaard, infelizmente, não conseguiu, a meu ver, ter a mesma competência interpretativa e seu personagem ficou à margem, apesar de ser um elemento importante no desenrolar desta trama bem articulada.
Kyle Prat (Judie Foster) é uma engenheira de aviação e está levando o corpo de seu falecido marido da Alemanha para ser enterrado nos Estados Unidos. Está acompanhada de sua filha de seis anos, uma garota extremamente sensível e que dá sinais de traumas psicológicos. Mãe e filha passam alguns ansiosos momentos juntas, uma acalmando a outra na tentativa de superar a perda do pai e marido. Após acordar de seu sono, Kyle percebe que sua filha não está mais ao seu lado. Começa então uma procura desesperada pela garota por todo o avião. Precisa provar para a tripulação e para os passageiros que não está ficando louca uma vez que tem certeza do embarque com a filha. Como tem conhecimento dos compartimentos e de toda a estrutura da aeronave, começa sua busca a princípio sozinha, depois acompanhada de toda a tripulação. Apesar das inúmeras tentativas Júlia não é encontrada e Kyle é informada, pelo capitão, que sua filha já estaria morta antes do embarque. Para provar tem em mãos um comunicado do Hospital onde seu marido também estava internado. Sentindo-se transtornada emocionalmente e por medida de segurança é algemada e levada, sob custódia, para a sua poltrona pelo segurança da companhia aérea.
Evidentemente que ela não aceita tais fatos. Sabe que sua filha não morreu e que embarcou em sua companhia no avião. Percebe que pode estar havendo algum plano para ferir Júlia e resolve agir. Consegue convencer o segurança a deixá-la ir ao banheiro após uma consulta com uma psicóloga que estava a bordo. Como conhece a estrutura do avião, sai pelo teto do banheiro e faz com que as máscaras de oxigênio saiam de seus compartimentos causando tumulto entre passageiros e tripulação. Causa ainda uma pane nos circuitos da nave deixando-a completamente às escuras. O segurança percebe que sua prisioneira fugiu e que é a responsável por todo o tumulto. Precisa agir antes que seja tarde e uma tragédia aconteça a mais de 40 mil pés de altitude.
Acontece então uma reviravolta na trama que não é possível revelar aqui para não tirar o impacto da descoberta. O importante é salientar que o filme consegue manter sempre uma tensão crescente e as dúvidas sobre a loucura ou não de Kyle é uma questão que paira no ar, literalmente. Estaria Júlia realmente morta antes do embarque? Qual o propósito deste desaparecimento e quem teriam interesse neste fato? Tais questionamentos nos levam sempre a outras perguntas cujas respostas iremos encontrar no final desta produção muito bem dirigida por Robert Schwntke. Ao descobrir a verdade, Kyle percebe que caiu numa grande armadilha e precisa, urgentemente, salvar sua filha e os demais passageiros do grande perigo. Plano de vôo é, sem sombra de dúvida, um bom plano para deixá-lo grudado na poltrona até o fim.
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