Com Grêmio Campeão Gaúcho e ouvindo, até a exaustão, o hino do time tricolor por todos os auto-falantes potentes nos carros que circulavam na minha rua lembrei-me de Lupcínio Rodrigues ou Lupe carinhosamente chamado por seus amigos e admiradores. Para quem não é gremista e não sabe, devo dizer que o hino do time é de autoria deste grande poeta Porto-Alegrense. Mas Lupe não é famoso só por este hino futebolístico mas sim por suas letras e melodias de um amor incondicional e sofrido. Sua expressão mais conhecida “dor de cotovelo” virou estilo musical e todo homem que sofre por um amor perdido ou não correspondido sabe a dor que sente.
Este era Lupcínio Rodrigues um grande compositor, letrista e amante que soube, como ninguém, entender e expressar, em forma de música, a dor de todo homem que sofre ou sofreu de amores perdidos e não correspondidos. Para matar a saudade do velho Lupe uma de suas interprestações inesquecíveis: Loucura
Loucura
E aí
Eu comecei a cometer loucura
Era um verdadeiro inferno
Uma tortura
O que eu sofria
Por aquele amor
Milhões de diabinhos martelando
O meu pobre coração que agonizando
Já não podia mais de tanta dor
E aí
Eu comecei a cantar verso triste
O mesmo verso que até hoje existe
Na boca triste de algum sofredor
Como é que existe alguém
Que ainda tem coragem de dizer
Que os meus versos não contêm mensagem
São palavras frias, sem nenhum valor
Oh! Deus, será que o senhor não está vendo isso
Então, porque é que o senhor mandou Cristo
Aqui na terra para semear amor
E quando se tem alguém
Que ama de verdade
Serve de riso pra humanidade
É um covarde, um fraco, um sonhador
Se é que hoje tudo está tão diferente
Porque não deixa eu mostrar a essa gente
Que ainda existe o verdadeiro amor
Faça ela voltar de novo pro meu lado
Eu me sujeito a ser sacrificado
Salve seu mundo com minha dor
Letra: Lupcínio Rodrigues
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